Segundo o site Axios, cortes visam reduzir burocracia e dar mais autonomia aos times que desenvolvem os modelos de IA da empresa.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, demitiu cerca de 600 funcionários do time responsável pela chamada “superinteligência artificial”, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira (22) pelo site Axios.
Em um memorando interno obtido pela publicação, a companhia afirmou que a reestruturação busca tornar a equipe mais ágil, menos burocrática e com maior autonomia.
“Ao reduzir o tamanho da equipe, menos conversas serão necessárias para tomar decisões, e cada pessoa passará a ter mais responsabilidade e impacto”, escreveu Alexandr Wang, diretor de IA da Meta, no documento citado pelo Axios.
Wang foi contratado em junho de 2025 para liderar o Meta Superintelligence Labs, divisão criada para impulsionar o desenvolvimento de modelos avançados de inteligência artificial. Antes disso, ele era CEO da Scale AI, startup que recebeu investimento de US$ 14,3 bilhões da própria Meta no mesmo mês.
Segundo o New York Times, os cortes fazem parte de uma correção após contratações em excesso na área de IA. O jornal também informou que as novas contratações de alto nível continuam, com salários que chegam a centenas de milhões de dólares.
As demissões atingem profissionais das áreas de pesquisa, produto e infraestrutura de IA, mas não afetam o TBD Lab, grupo responsável por desenvolver a próxima geração de modelos da Meta.
Ainda conforme o Axios, a empresa incentivou os profissionais desligados a se candidatarem para outras funções internas, afirmando que pretende realocar parte dos talentos em outras divisões.
A decisão ocorre cerca de quatro meses após o CEO Mark Zuckerberg intensificar uma “caça por talentos” de inteligência artificial, oferecendo propostas milionárias a engenheiros e cientistas de dados de empresas rivais como Google e OpenAI.
O movimento faz parte da estratégia da Meta de recuperar terreno no setor de IA, especialmente após o lançamento do modelo Llama 4, considerado abaixo das expectativas por analistas e veículos internacionais.
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